A Boeing prometeu que, em breve, suas aeronaves terão um novo sistema wireless, para que os passageiros se mantenham conectados a internet em pleno voo. O que é mais interessante sobre a novidade foi o método usado pela fabricante de aviões na pesquisa: sacos de batatas. Nove toneladas de batatas.

O simpático tubérculo não tem qualquer propriedade física que o faça mais ou menos eficiente em termos de conectividade. O uso das batatas pela Boeing serviu para emular da melhor forma possível a resistência que o corpo humano oferece às propagações de ondas de rádio dentro das compactas, pressurizadas e complexas cabines. Quando o passageiro se move, por exemplo, em direção ao banheiro, pode causar zonas de perturbação, que enfraquecem e interrompem a propagação do sinal no interior da aeronave.
Batatas, você sabe, não vão ao banheiro, mas dispostas em sacas oferecem uma consistência bastante similar à do corpo humano. O uso dos vegetais permitiu aos engenheiros da Boeing entender melhor de que maneira o corpo humano atrapalha a transmissão dos sinais no avião. “O interior do avião é um ambiente eletromagnético bastante complexo”, afirmou, em entrevista à revista Wired, o Dennis Lewis, técnico da Boeing. “Alguns assentos tendem a ter sinal mais fraco, e outro sinal mais forte. Mas conforme as pessoas se movem, tudo isso muda de um instante para outro”, disse.
Usando precisos dispositivos de medição, ferramentas de análise de dados especialmente desenvolvidas para a pesquisa, e muitas batatas, a Boeing desenvolveu um mapeamento que pode compensar as oscilações de sinal na cabine. A ideia é que a tecnologia já possa ser aplicada nas aeronaves que serão fabricadas em 2013.
Via Wired