League of Legends teve sua fase final do Campeonato Brasileiro realizada em São Paulo no último fim de semana, entre os dias 19 e 21 de julho. O torneio foi palco para diversas equipes profissionais disputarem entre si pelo prêmio de US$ 30 mil (cerca de R$ 60 mil) e também por uma vaga na competição mundial. Cerca de oito mil fãs participaram do campeonato, conferindo de perto das partidas que eram narradas em tempo real, com muita emoção e gritos empolgados. No final o título acabou ficando com a equipe PaiN.

Mas o evento não serviu apenas para mostrar a habilidade das equipes. Fãs de League of Legends também puderam conferir novidades sobre o jogo, participar de gincanas, curtir cosplays, encontrar amigos e ganhar alguns brindes, como skins – aparências – exclusivas para os personagens do game. Um dos grandes atrativos foi a possibilidade de passar um tempo exibindo suas habilidades na área “Free Play”, com computadores de ponta e prontos para qualquer um que quisesse se arriscar em uma partida do modo “Aram”.
O “CBLoL”, como estava sendo chamando o evento nas redes sociais, também foi a oportunidade única que os fãs tiveram de se encontrar com o pessoal da Riot Games, que trabalha na empresa onde o League of Legends é feito – mais precisamente na divisão brasileira da companhia. Um destes era Felipe Gomes, que cuida do marketing na Riot, e falou com o TechTudo sobre o evento e algumas possíveis novidades que devem pintar por aí.

O futuro de LoL
Segundo Felipe, “o CBLoL já pode ser considerado um sucesso”, e por isso a Riot pretende realizar ao menos três grandes eventos por ano, mais ou menos nos mesmos moldes. “Este ano ainda devemos ter mais um”, revelou. “Nossa intenção é promover o eSport [esporte eletrônico] cada vez mais”, complementou.
Versões localizadas de outras atrações de League of Legends também estão previstas, como uma edição nacional do programa Summoner’s Showcase, que é exibido dentro do jogo, mas apresentado em inglês pela bela Nika “Nikasaur” Harper. “Mas primeiro estamos trazendo algumas atrações mais básicas, como fizemos com o ‘Tribunal’ e o ‘Indique um Amigo’”, comentou Felipe. Ele ainda citou a possibilidade de termos, em breve, uma loja online oficial com artigos sobre o jogo, como camisas, gorros e outros itens personalizados.

Já Bruno Vasone, responsável pela comunidade, mas principalmente pela área de eSports, disse estar bem empolgado com o desenvolvimento deste tipo de competição no Brasil, já que League of Legends, hoje, é um elemento-chave para o gênero. Para Vasone, cuidar dessa grande comunidade brasileira no jogo e também comandar os campeonatos, apoiar equipes, além de outras manobras, é um desafio, mas que está sendo vencido aos poucos.
Leão Carvalho, gerente da Riot no Brasil, concorda com Bruno no sentido de desafio, mas acrescenta que a empresa não apenas tem superado isso, mas também ultrapassando qualquer expectativa positiva. “O balanço geral desde a chegada da Riot ao Brasil até agora é isso que você está vendo hoje, esse grande evento e a comunidade que ama o jogo e tem a paixão pelo League of Legends, isso sempre foi o nosso foco”, disse. “É um balanço mais do que positivo, e nossos planos futuros pretendem seguir este sentido, sempre melhorando a experiência dos jogadores, seja a longo ou curto prazo”, adicionou o executivo.

Sucesso absoluto
Leão não revela o número exato de jogadores que League of Legends atualmente soma no Brasil, mas garante que “é o game online mais jogado por brasileiros”. Ele alerta que LoL não é apenas sobre quantidade, mas qualidade: “Mesmo que tivéssemos só alguns poucos jogadores, mas que estivessem engajados da maneira como estão hoje, já seria muito bom para nós”, contou.
Apesar do enorme sucesso, o executivo reconhece que há pequenos problemas que podem ser melhorados, como eventuais lentidões em servidores, mesmo aqueles já instalados no Brasil. “Sabemos que a estrutura online do país não é das melhores para esse tipo de jogo, mas da nossa parte já fizemos tudo para que isso melhore, inclusive conversar com as operadores e tentar solucionar isso, tanto para elas, quanto para os jogadores, para que a experiência seja sempre boa”, disse Leão.

Para se tornar uma lenda
A equipe PaiN Gaming foi a grande vencedora do Campeonato, mas o que os jogadores de hoje devem fazer para se tornarem as lendas de amanhã? Leão, Vasone e Felipe têm opiniões próprias sobre isso, mas todos concordam em uma coisa: treino, muito treino. “A única dica que eu dou é: jogue muito e leve o game a sério. Nós, da Riot, levamos o jogo muito a sério, acho que isso é fundamental”, contou Felipe Gomes.
“O League of Legends é um game bem complexo em termos de experiência com cada campeão, então é preciso pegar esses detalhes, identificar qual campeão que possui as habilidades que você se sai melhor e praticar muito”, adicionou Felipe. Para Leão, o treino também é fundamental, mas ele tem uma dica pessoal: “Jogue o modo Aram. Ali você conhece muita coisa dos campeões, em detalhes. Foi exatamente assim que eu fiz para conhecer cada um”, apontou.

Leão Carvalho também convoca os jogadores de League of Legends para montar suas equipes e treinar bastante, para quem sabe se tornar o próximo grande vencedor. Vale lembrar que este Campeonato Brasileiro, que terminou nesta etapa, começou com milhares de times, com pessoas que se juntaram entre amigos e disputaram suas habilidades contra outros jogadores. Leão deixa a possível dica para que fãs tentem um bom resultado nos próximos torneios.