Kim Dotcom, o magnata do Megaupload, quer dar início a mais um projeto ousado. Desta vez, a intenção do empresário é fazer com que todas as pessoas da Nova Zelândia, onde ele vive atualmente, tenham acesso à Internet banda larga sem gastar um centavo. O mais curioso é a forma como ele pretende que os custos para uma operação deste tamanho sejam pagos: utilizando dinheiro de processos contra os estúdios de Hollywood e o governo norte-americano.
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os EUA (Foto: Reprodução)
Dotcom, que tem uma fortuna avaliada em mais de R$ 400 milhões, mora na Nova Zelândia há dois anos em uma mansão na cidade de Auckland. Próximo de ser julgado pelos supostos crimes virtuais cometidos pelo Megaupload - como compartilhamento ilegal de arquivos com direitos autorais -, ele está se engajando em uma luta para tentar ganhar a simpatia do povo local, segundo jornal o “The New Zealand Herald”. A ideia do investidor é de virar o jogo que disputa contra os Estados Unidos a seu favor, e usar isso para oferecer benefícios à população da Nova Zelândia.
Em janeiro deste ano, o FBI ordenou que a polícia neozelandeza fizesse batidas e apreendesse bens de Dotcom em seus endereços no país. No entanto, seis meses depois, a operação foi classificada como ilegal, e é justamente disso que ele pretende se aproveitar. A ideia do magnata, que ainda vai ser julgado e pode ser extraditado em março de 2013, é processar as instituições norte-americanas por terem causado a ele e ao Megaupload uma “destruição política e sem lei”.
Certo de que irá ganhar a batalha judicial, ele planeja receber uma indenização bem gorda para, então, se associar a uma empresa de telecomunicações da Nova Zelândia, e dar início ao projeto da banda larga para todos no país. Segundo Dotcom, com a energia barata do local e investimento no cabeamento de fibra óptica, é possível tornar o território neozelandês um grande atrativo para investidores da Internet.
Especialistas em tecnologia da Nova Zelândia concordam com a ideia e acreditam que ela seja interessante, mas o difícil é fazê-la sair do papel. De qualquer forma, esta é mais uma ação polêmica de Dotcom e que, certamente, vai dar o que falar nos próximos dias. No entanto, até março, quando ele será julgado, muita coisa pode acontecer.
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Via The Guardian