Nos dias de hoje, onde quase todos os videogames possuem alertas sobre a saúde do jogador, é irônico que Theme Hospital tenha sido deixado de lado. Sequência de Theme Park, ele colocava usuários para administrar os mais loucos hospitais sob as mais bizarras condições.

Inicialmente o destaque do jogo era seu simples conceito de administração, colocando o usuário para gerenciar um hospital. Isso envolvia construir salas para diagnóstico e tratamento, contratar médicos, enfermeiras, recepcionistas e faxineiros, cuidar das finanças, pegar empréstimos e até comprar novas áreas.
Porém, o ponto que era realmente marcante sobre Theme Hospital eram suas mirabolantes doenças. Pacientes entravam com casos graves de cabeça inflada, língua gigante, invisibilidade, complexo de rei (vestidos de Elvis Presley), entre tantas outras mazelas bizarras, com curas igualmente estranhas.

O título foi lançado em 1997 para PC, a versão mais robusta, e depois em 1998 foi convertido para o PlayStation, porém com alguns compremetimentos, para não mencionar a falta que um mouse fazia. Theme Park, o primeiro jogo da série, chegou a receber um remake para o Nintendo DS em 2007, mas Theme Hospital não teve essa sorte.
A produtora por trás do desenvolvimento era a Bullfrog Productions, estúdio fundado por ninguém menos que Peter Molyneux, mais conhecido pela série Fable, e Les Edgar, hoje diretor na Headstrong Games. Infelizmente, pouco restou do estúdio após ter sido comprado pela Electronic Arts, que detém os direitos atualmente.
No entanto, o que poderia ser visto como um problema, pode na verdade ser uma solução. Para a EA não seria difícil ressuscitar essa franquia em plataformas de baixo custo, que a aceitariam de muito bom grado. É possível imaginar versões gratuitas de Theme Hospital para iOS, Android ou Facebook, com microtransações para expandir seu hospital.
Além disso, com os avanços que a medicina fez nos últimos anos, há uma vasta gama de novos temas esperando para serem satirizados, seja com doenças bem esquisitas ou com curas ainda mais criativas, sempre com um exótico bom humor que derrubaria qualquer tabu.